Filipe Luís Desvenda Segredo: O Treinador que Lhe Tirou o Sono Não Foi o Abel Ferreira

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O Flamengo somou, na madrugada de quarta para quinta-feira, o mais recente título de campeão no campeonato brasileiro, a uma jornada do fim, ao vencer o Ceará por 1-0.


Um golo 'solitário' de Samuel Lino, antigo jogador do Gil Vicente, deu os três pontos ao Mengão, que há dias tinha vencido a Taça Libertadores diante de Abel Ferreira e do Palmeiras.

Com esta conquista do Brasileirão, Filipe Luís, treinador do Flamengo, entrou para a história do futebol brasileiro, por ser o único a conquistar a Taça do Brasil, o campeonato e a Taça Libertadores como jogador e enquanto técnico.

Apesar de ter vencido a disputa diante de Abel Ferreira e do Palmeiras, clube que segue no segundo lugar da classificação, Filipe Luís elogiou o treinador português.

"Eu acredito que quem estuda... não tem passaporte. Se estudas, se amas futebol, se vives isso, aprendes e és capaz de aplicar o conhecimento no lugar em que estiveres. Este ano vimos, na minha opinião, o melhor, o Guanaes. O trabalho que ele fez é muito autoral, não dá para copiar nada do Mirassol. Eu copio vários treinadores, mas o Mirassol é muito autoral. O Mozart, do Coritiba, a equipa dele joga bem", começou por dizer o treinador brasileiro, em declarações prestadas à versão brasileira da estação televisiva norte-americana ESPN, antes de recordar Jorge Jesus, que o orientou no clube sediado no Rio de Janeiro.

"No Brasileirão há muitos estrangeiros, já houve muitos que trabalharam muito bem e fizeram história. Artur Jorge, Abel, que para mim é o número um, e o Jorge Jesus, melhor de todos os tempos do Brasileirão. Todos deixaram algo, e aprendemos com eles. Eu aprendo com todos, todos os dias", vincou, destacando o treinador que lhe deu mais sono.

"Talvez o treinador que mais me tirou o sono, que me desafiou este ano, foi o Cuca. Naqueles jogos da Taça do Brasil eu não conseguia achar soluções, tive de estudar muitas horas até conseguir encontrar um caminho concreto na segunda mão. Para mim não existe passaporte. Existe estudo e horas de trabalho", vincou Filipe Luís.

Na reta final de uma longa temporada, Filipe Luís destacou o muito tempo que dedicou a estudar os adversários no Brasileirão.

O que mais me deixa orgulhoso são os feitos no Brasileirão, que para mim é o mais difícil. São muitos desafios e pouco tempo para preparar, e a equipa teve os melhores números em todos os aspetos. O treinador passa mais noites angustiado e a pensar em soluções, também com o medo de perder e ser cobrado, mas eu sempre acreditei. Sempre afirmei que ia ser campeão como treinador no Flamengo, estudei muito para isso e tive os melhores jogadores. Tenho muita ambição, quero sempre mais e vou transmitir isso aos jogadores

Em final de contrato com o Flamengo, Filipe Luís está aberto à renovação de contrato, um dossiê que já tinha sido confirmado pelo diretor para o futebol José Boto.

"Se depender de mim, estou renovado. Não depende só de mim. Claro que quero ficar, sou feliz aqui, a minha família é feliz aqui. Tenho de conquistar o direito de sentar nessa cadeira. Para isso trabalho todos os dias muitas e muitas horas e vou continuar", finalizou.



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