Vinícius Júnior está, uma vez mais, no 'olho do furacão', depois de ter, alegadamente, feito saber à direção liderada por Florentino Pérez que não tem qualquer intenção de renovar o atual contrato (que termina já no final da próxima temporada, em junho de 2027) enquanto Xabi Alonso se mantiver no comando técnico do Real Madrid.
A notícia foi adiantada, na passada segunda-feira, pelo portal norte-americano The Athletic, e mereceu pronta condenação por parte de Predrag Mijatovic, antigo jogador e dirigente dos merengues, que, em declarações prestadas ao programa 'El Larguero', emitido pela rádio espanhola Cadena SER, atirou: "Uma coisa destas não pode ser permitida".
"Um jogador, independentemente da importância que tenha, nunca, mas nunca, pode dizer ao clube no qual joga que, com determinado treinador, não quer continuar, porque isto é um desporto coletivo", começou por afirmar o ex-internacional sérvio e atual comentador desportivo, de 56 anos de idade.
"Eu entenderia as exigências do Vinícius se ele marcasse três golos em cada jogo, mas não é isso que acontece. O Real Madrid não pode permitir algo assim. Se não estás feliz, não há problema nenhum, ninguém te amarrou aqui", acrescentou a propósito da situação do internacional brasileiro.
Vinícius Júnior, recorde-se, chegou ao Real Madrid no verão de 2017, a troco de uma verba na ordem dos 45 milhões de euros. Desde então, somou um total de 111 golos e 79 assistências ao cabo de 339 jogos oficiais, mas o 'azedar' da relação com o clube acabou por chamar a atenção, sobretudo, do Médio Oriente.
Despedir Xabi Alonso seria "muito estranho"
Predrag Mijatovic aproveitou, ainda, a ocasião para defender que, para já, não há motivos para o Real Madrid, sequer, ponderar avançar para a demissão de Xabi Alonso: "Neste momento, está a começar um novo projeto, e o primeiro ano tem de ser um ano no qual as coisas podem não sair perfeitas, porque isso seria muito estranho".
"Eu já vi jogos muito bons e jogos que não correram assim tão bem. Este jogo [empate a duas bolas com o Elche], é um jogo no qual as coisas não correram bem, porque houve jogadores que estiveram ao serviço das respetivas seleções e que tiveram poucos dias para prepararem o jogo", refletiu.
"Há que dar um pouco mais de tempo a Xabi Alonso, e não julgá-lo por um ou dois jogos. Na Liga dos Campeões, têm feito alguns jogos bons e outros não tão bons, e isso faz parte. Cada treinador tem o seu estilo de ver as coisas, há certos esquemas, e é tudo uma questão de tempo. Não é fácil jogar com esta pressão e com um treinador novo", completou.
A 'deslizar' há três jogos consecutivos
A 'desconfiança' começou a instalar-se em torno de Xabi Alonso, sobretudo, na sequência dos três últimos encontros disputados pelo Real Madrid, que culminaram numa derrota (perante o Liverpool, em Anfield, por 1-0) e em dois empates (diante de Rayo Vallecano e Elche, também fora de portas).
Ainda assim, a verdade é que o emblema blanco continua a liderar La Liga, com 32 pontos, mais um do que o segundo classificado (e eterno rival), o Barcelona. Já na fase de liga da Liga dos Campeões, ocupa o sétimo lugar, com os mesmos nove pontos de Paris Saint-Germain, Newcastle, Liverpool e Galatasaray.
