Duas semanas depois, continua a dar (e muito) que falar a presença de Cristiano Ronaldo na Casa Branca, no âmbito da visita de uma comitiva da Arábia Saudita, liderada pelo príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, a Donald Trump, presidente dos Estados Unidos da América (EUA).
O internacional português, que alinha ao serviço do Al Nassr, foi um dos convidados de um jantar organizado pelo líder político norte-americano, com o qual chegou mesmo a reunir-se. Uma decisão que apanhou de surpresa até mesmo aqueles que melhor o conhecem, como é o caso de Louis Saha, francês com o qual partilhou balneário, durante a primeira passagem pelo Manchester United.
"Cristiano Ronaldo continua a ser o futebolista mais influente do planeta. Eu não sei se ele terá percebido as ramificações daquela visita, ou impacto que teria com aquela reunião", começou por afirmar, em declarações reproduzidas pelo jornal britânico Mirror, o antigo avançado, atualmente, com 47 anos de idade.
"Normalmente, eu não faço comentários sobre política, mas aquilo pode ser entendido como um apoio a algumas das políticas de Trump, e ele pode não ter tido a intenção de que isso transparecesse. Talvez a altura adequada para o fazer tivesse sido mais cedo durante a sua presidência, quando havia menos polémica", prosseguiu.
"Estou surpreendido pelo facto de o Cristiano ter optado por fazer isto. É algo de novo para ele, em comparação com os anos anteriores da carreira. Eu recordo-me que ele afastou duas garrafas de refrigerante, numa conferência de imprensa, o que causou uma tempestade, por isso, sempre teve a capacidade de influenciar o mundo em geral", completou.
Cristiano Ronaldo 'abriu guerra' à Coca-Cola
O gesto a que Louis Saha (que, durante a carreira, alinhou, ainda, ao serviço de Newcastle, Metz, Fulham, Everton, Tottenham, Sunderland e Lazio) se referia remonta ao dia 14 de junho de 2021, aquando da conferência de imprensa de antevisão ao encontro da jornada inaugural da fase de grupos do Campeonato da Europa, perante a Hungria.
Sentado na sala de imprensa da Puskás Arena, em Budapeste, ao lado do então selecionador nacional, Fernando Santos, o capitão da equipa das quinas tirou da frente duas garrafas de Coca-Cola (com um desdém que ficou à vista de todos), trocando-as por uma garrada de água, por entre risos.
Uma atitude que causou um autêntico 'terramoto', de tal maneira que, apenas meia hora depois, já as ações da 'gigante' norte-americana dos refrigerantes (uma das principais patrocinadoras da UEFA) tinha desvalorizado 1,6%, na volta de valores, o que se traduziu numa perde de qualquer coisa como 3,3 milhões de euros.
Elogiado por Donald Trump
Certo é que, à margem de toda esta polémica, Cristiano Ronaldo foi alvo de rasgados elogios públicos por parte de Donald Trump, que, perante os jornalistas, lhe agradeceu, em nome... do filho, Barron, de 19 anos de idade: "Ele teve a oportunidade de o conhecer, e acho que respeita o pai um pouco mais, agora, só pelo facto de eu lhe o ter apresentado".
