A Superliga Europeia continua bem 'viva', e, esta terça-feira, o jornal espanhol As traz a público uma carta enviada pela A22 Sports (a empresa responsável pela promoção da prova) à UEFA, na sequência do parecer favorável do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), exigindo o seu reconhecimento oficial.
A competição, agora denominada por Unify League, contempla três escalões, denominados Star League, Gold League e Blue League, sendo que cada um contemplaria 36 equipas, cuja qualificação teria como base critérios relacionados com a prestação de cada uma delas nos respetivos campeonatos nacionais, um pouco à imagem do que já acontece com a Liga dos Campeões, a Liga Europa e a Liga Conferência Europa.
A Star League (o principal escalão), estaria dividido entre dois grupos, sendo que o A contemplaria o campeão em título, os campeões dos seis principais campeonatos nacionais (atualmente, Premier League, Serie A, La Liga, Bundesliga, Ligue 1 e Eredivisie) e os melhores classificados do ranking de clubes por UEFA, a cada temporada.
Tendo em conta estes padrões, os eleitos seriam Paris Saint-Germain, Liverpool, Napoli, Barcelona, Bayern Munique, PSV (campeões nacionais), Real Madrid, Internazionale, Manchester City, Borussia Dortmund, Bayer Leverkusen, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, AS Roma, Benfica, Eintracht Frankfurt e Manchester United.
Já o Grupo B, contaria com a presença das 18 equipas que se seguiriam, nesta mesma tabela. Ou seja, Atalanta, Club Brugge, Feyenoord, West Ham, Sporting, Tottenham, Fiorentina, AC Milan, Juventus, Lille, FC Porto, Leipzig, Villarreal, Lazio, Real Betis, Real Sociedad, Rangers e Bodo/Glimt.
Cada clube disputaria oito jogos (quatro em casa e quatro fora) contra oito adversários diferentes do respetivo grupo, sendo que os seis primeiros classificados do Grupo A garantiriam o apuramento direto para os oitavos de final. Os oito seguintes disputariam um playoff, ao passo que os quatro últimos ficariam imediatamente eliminados.
Já no Grupo B, só os dois primeiros classificados se qualificariam automaticamente para os 'oitavos'. Neste caso, o playoff contemplaria as equipa posicionadas entre os terceiro e décimo lugares, enquanto que as oito formações com piores prestações não teriam alternativa a não ser dizer 'adeus'.
Ainda se lembra dos 12 'dissidentes'?
A autêntica 'novela' em torno da Superliga Europeia começou a desenhar-se a 18 de abril de 2021, quando 12 clubes (AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, Barcelona, Internazionale, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham) se juntaram para a formar.
No entanto, o projeto não tardo a 'desmoronar-se', face ao choque com que foi recebido por parte de adeptos e até mesmo de emblemas de todo o mundo, que levaram estes 12 'dissidentes' a desistirem, a pouco e pouco, de tal maneira que, ao dia de hoje, Real Madrid e Barcelona são os únicos apoiantes conhecidos.
De lá para cá, muito mudou, sobretudo, devido à autêntica 'guerra' aberta por FIFA e UEFA contra esta mesma competição, que acusavam de ser fechada a um grupo restrito de participantes. Uma acusação à qual a A22 Sports respondeu, instaurando um novo formato, exclusivamente dependente das prestações de cada participante.
